sábado, 7 de fevereiro de 2009

Poema do caderno

1

Abro o caderno
E o caderno abre-me
(duas grandes bocas
para te devorar).

Abre-se o caderno
A um livro por vir.
Como uma ferida
Na pele do silêncio.

2

Abre-se o caderno.
Mas o coração não se abre.
A noite cresce.
Sim, cresce.

Como um incêndio
(mas frio)
dentro do corpo.
Não é uma imagem.

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